Um homem carrega uma pedra enorme até ao cimo de uma montanha, com grande esforço e sofrimento físico. Aí chegado, deixa que a pedra se solte das mãos e role pela encosta abaixo. E novamente todo o processo se inicia, repetindo-se por toda a eternidade. Não há castigo mais terrível do que o trabalho inútil e sem esperança, terão pensado os deuses que assim condenaram Sísifo. Publicado pela primeira vez em 1942, O Mito de Sísifo é considerado um dos mais influentes ensaios do século xx, uma exposição pungente do pensamento existencialista, peça central na filosofia do absurdo de Albert Camus. A tradução é de Urbano Tavares Rodrigues.